Vamos tecer breves considerações sobre um outro tipo de Resistências
variáveis, diferentes das até aqui estudadas. Vimos, há pouco, que a altera-
ção do valor óhmico numa Resistência variável era produzida mecanicamen-
te, pela deslocação manual dum cursor. Irá agora contactar com um novo
tipo de Resistências variáveis cujo valor é alterado por determinadas carac-
terísticas físicas, como a temperatura, a luz incidente ou a tensão aplicada,
sem ser necessária a intervenção humana.
Termístores — Resistências variáveis com a temperatura
Se se aplicar uma dada variação de temperatura a estes componentes, a
sua resistência interna varia bastante, podendo aumentar ou diminuir. Há,
por isso, dois tipos de Termístores, vulgarmente designados por NTC e
PTC.
Tipo NTC
Esta sigla provém da designação "Negativ Temperature Coeficient", o
que significa que são Termístores que apresentam um coeficiente de tempe-
ratura negativo, ou seja, com o aumento da temperatura a resistência inter-
na diminui. Num dos temas anteriores, vimos que esta era uma das propriedades que
distinguia os semicondutores dos bons condutores, pelo que é natural
que os primeiros sejam utilizados na confecção deste tipo de componentes
(como o
Óxido de Níquel
e o Trióxido de Manganês).
Tipo PTC
Sigla
correspondente a "Positiv Temperature Coeficient", o que, como
é lógico, indica que estes componentes elevam a sua resistência interna
com o aumento da temperatura. Certas ligas metálicas e determinados
compostos (como o Titanato de Bário) são utilizados na fabricação destes
elementos.
é lógico, indica que estes componentes elevam a sua resistência interna
com o aumento da temperatura. Certas ligas metálicas e determinados
compostos (como o Titanato de Bário) são utilizados na fabricação destes
elementos.
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Fig.
S8 — V. D. R.: I) Símbolo
esquemático e
aspecto geral. II) Gráfico com a característica da variação da resistência com a tensão apli- cada. |
As NTC aplicam-se na construção de termómetros electrónicos e na pro-
tecção de filamentos de tubos de vácuo (estabilização de tensão), enquan-
to que as PTC se empregam como termostatos e nas protecções a curto-cir-
cuitos e a sobre-tensões.
V. D.
R. —
Resistências variáveis com a tensão
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São elementos que apresentam uma variação não linear
entre a tensão aplicada e o respectivo valor óhmico.
Por exemplo, uma determinada V. D. R. pode apresentar uma resistência de 10 KΩ para 20 V, 500 Ω para 30 V e 100 Ω para 40 V. As suas aplicações são diversas, desde o controle automático da sensibilidade num TV, até à supressão de arcos eléctricos entre os contactos de circuitos fortemente indutivos. (Ver fig. S8)
Por exemplo, uma determinada V. D. R. pode apresentar uma resistência de 10 KΩ para 20 V, 500 Ω para 30 V e 100 Ω para 40 V. As suas aplicações são diversas, desde o controle automático da sensibilidade num TV, até à supressão de arcos eléctricos entre os contactos de circuitos fortemente indutivos. (Ver fig. S8)
L. D. R. —
Resistências variáveis
com a intensidade da luz incidente
São elementos sensíveis à luz recebida, pelo que a sua resistência interna decresce com o aumento da intensidade luminosa incidente. Estes componentes foram desenvolvidos com base numa propriedade característica dos semicondutores que é a fotocondutividade e que já foi referida anteriormente.
São fabricadas com encapsulamento de plástico ou de vidro e empregam materiais semicondutores como o Sulfureto de Cádmio ou o Seleneto
de Cádmio.
de Cádmio.
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